Pastor é investigado por cobrar por orações em esquema que movimentou mais de R$ 3 milhões

Operação no Rio de Janeiro apura uso de call center para enganar fiéis com falsas promessas de cura e milagres

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público Estadual deflagraram uma operação contra o pastor Henrique Santini, acusado de comandar um esquema de estelionato religioso. Segundo a investigação, um call center era utilizado para cobrar por orações em troca de promessas de curas e milagres, movimentando cerca de R$ 3,3 milhões.

De acordo com a apuração, fiéis acreditavam estar em contato direto com o pastor por meio do WhatsApp. No entanto, atendentes usavam áudios gravados para simular a comunicação. As vítimas eram induzidas a realizar transferências via Pix, que variavam de R$ 20 a R$ 1.500.

O call center, que funcionava em cidades como Niterói e São Gonçalo, contava com cerca de 70 atendentes, incluindo menores de idade. Os trabalhadores tinham metas de arrecadação e eram dispensados caso não as atingissem.

Durante buscas na casa do pastor, policiais apreenderam aproximadamente R$ 25 mil em espécie, além de dólares, euros, celulares e equipamentos eletrônicos. Embora o Ministério Público tenha solicitado a prisão preventiva, a Justiça determinou apenas o uso de tornozeleira eletrônica, além do bloqueio de R$ 3,3 milhões em contas ligadas ao religioso e empresas associadas.

No total, 23 pessoas foram denunciadas por crimes como estelionato, curandeirismo, falsa identidade, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crimes contra a economia popular. O caso segue sob investigação, e o Ministério Público acompanha os desdobramentos para assegurar reparação às vítimas.

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